Ataque cibernético contra a UFPI foi encomendado por manifestante, diz PF
09/09/2025
(Foto: Reprodução) Universidade Federal do Piauí, campus Teresina
UFPI
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (9) a Operação Hackback para investigar ataques cibernéticos contra a Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Segundo a PF, o primeiro ataque, ocorrido em maio, foi encomendado por um manifestante que cobrava melhorias na infraestrutura e segurança do campus de Teresina.
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O delegado Eduardo Monteiro, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da PF, não confirmou se o manifestante se trata de um estudante da instituição.
"O ataque, inicialmente, foi encomendado. Um ataque para fazer a manifestação dos desejos da pessoa que estava pleiteando algumas mudanças na Universidade Federal", explicou o delegado.
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"Ainda é precoce [afirmar que se trata de um estudante], mas isso porque a investigação aponta que uma determinada pessoa ali, que estava ligada às manifestações ou, enfim, tinha esse desejo de manifestar os desejos dos alunos na época", completou.
O segundo ataque foi feito pelo mesmo grupo, informou o delegado. Os suspeitos também são investigados por invasões semelhantes em outras instituições.
"O segundo desindexou a página da UFPI. Quando você procurava o site era redirecionado para outro site. Esse segundo ataque foi para, digamos assim, zombar mesmo da instituição", afirmou o delegado.
"Esse grupo hacker já realizou diversos ataques em outras instituições. Temos investigações em andamento sobre outros ataques", completou.
A PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em São João do Piauí (PI), Formosa (GO), Santo André (SP) e Parauapebas (PA). As ordens foram expedidas pela Justiça Federal.
Entenda o caso
Em 8 de maio de 2024, o site oficial da UFPI foi invadido por hackers. O ataque ocorreu um dia após estudantes ocuparem a reitoria em protesto por melhorias no campus de Teresina.
Por volta das 7h10, a página inicial exibia uma tela preta com foto do presidente Lula (PT), além de ofensas aos estudantes que participaram da manifestação.
Após a invasão, a UFPI retirou a página do ar e informou que reuniria dados para colaborar com a investigação.
Site oficial da UFPI sofre invasão após ocupação da reitoria por estudantes
Reprodução
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