Anel preso no dedo: veja orientações dos bombeiros para retirar joia com segurança
15/02/2025
(Foto: Reprodução) Ao todo, a corporação atendeu 26 ocorrências, o tipo de acidente mais recorrente. Em alguns casos, os socorristas precisaram cortar os anéis para evitar complicações maiores às vítimas. Bombeiros usaram uma mini retífica para retirar anel de aço preso no dedo de garota de 11 anos em Canindé, interior do Ceará.
Corpo de Bombeiros/ Divulgação
Anéis presos nos dedos foram o tipo de acidente doméstico mais frequente em Teresina entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, segundo o Corpo de Bombeiros do Piauí (CBMEPI). Ao todo, a corporação atendeu 26 ocorrências do tipo e precisou cortar os anéis para evitar complicações maiores às vítimas.
⚠️ Qual é o risco de ter um anel preso no dedo? A joia pode impedir o fluxo normal de sangue, causando inchaço e até necrose (morte do tecido) se não for prontamente removido. Se a circulação for comprometida por muito tempo, pode haver danos permanentes nos tecidos do dedo e exigir até amputação em casos extremos.
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Os acidentes acontecem de várias formas, por exemplo, quando os dedos, por algum motivo, ficam inchados ou quando alguém insiste em colocar um anel muito apertado. Há ainda casos de mulheres que, durante a gravidez, sofrem inchaços nas extremidades do corpo. O anel então bloqueia o fluxo de sangue e fica preso, impedido que o inchaço se desfaça.
Segundo o capitão Antônio Linhares, subcomandante de resgate do CBMEPI, o acidente também pode acontecer sem inchaço.
Homem tem anel preso em dedo em Piripiri
David Brito/Arquivo Pessoal
"Os casais, por exemplo, usam os anéis por muito tempo. Deixam no dedo e o tempo vai passando. O ideal é tirar e depois botar de novo, mas a gente atende os casos mais inusitados possíveis: nem todos foram no dedo, teve partes delicadas também", acrescenta o bombeiro.
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O capitão Linhares explicou que as pessoas que passam por essa situação devem procurar imediatamente os bombeiros em vez de hospitais ou unidades de saúde, pois a corporação conta com técnicas e ferramentas específicas para retirá-los com segurança.
"A gente retira com técnicas simples como um fio dental. Mas, na grande maioria das vezes, é necessário o corte. Utilizamos uma ferramenta chamada mini retífica [uma serra pequena, foto acima], geralmente usada por artesãos, adaptada para esse tipo de atividade", destaca o capitão.
Bombeiros do DF serraram anel preso no dedo de adolescente, de 17 anos.
CBMDF/Reprodução
Os bombeiros usam água fria para resfriar o metal, que aquece devido ao atrito com a serra. Além da mini retífica, eles usam outras ferramentas, como chave-turquesa e alicate, para cortar.
Relembre: Bombeiro socorre homem que ficou com anel preso no dedo em Piripiri
O subcomandante não recomenda que se busque ajuda em serralherias ou outros estabelecimentos que trabalhem com metais para resolver a situação, pois as ferramentas utilizadas nesses estabelecimentos são maiores e inadequadas para o corte preciso do anel.
Outros acidentes
Corpo de Bombeiros alerta para acidentes domésticos com crianças.
Divulgação/SSP-PI
Outros acidentes domésticos atendidos pelo CBMEPI incluem vazamentos de gás de cozinha, cabeça presa em panela de pressão, parto emergencial, corte causado por roda de motocicleta infantil presa no dedo, escorregões em banheiros e quedas ao subir no vaso sanitário.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, esses acidentes envolveram crianças de um ano até idosos com mais de 60 anos. Algumas medidas podem ser adotadas para evitá-los:
Instalar redes ou grades de proteção nas janelas;
Proteger as tomadas elétricas;
Não deixar cabos das panelas virados para o lado de fora do fogão;
Não deixar ao alcance de crianças pequenos objetos, como botões e moedas, que podem causar asfixia caso sejam ingeridos;
Manter materiais de cozinha, produtos de limpeza ou outras substâncias tóxicas sempre fora do alcance dos pequenos;
Não deixar fios ou outros objetos semelhantes no chão, para evitar tropeços e quedas;
Nunca deixar crianças sozinhas em casa sem supervisão de um adulto;
Estar atento a ambientes e pisos molhados e/ou encerados;
Em casos de emergência, manter a calma e acionar os bombeiros pelo telefone 193.
Acidentes domésticos com crianças aumentam no início do ano letivo
Divulgação/SSP-PI
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